Descubra a nova decisão sobre links patrocinados que pode mudar a forma como anúncios aparecem — e o que isso significa para você.

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Mídia & Publicações — panorama rápido para você

Nesta leitura você entenderá a decisão sobre o uso de marcas em links patrocinados no caso entre Via S/A e Magazine Luiza. O texto explica por que o Tribunal considerou que usar o nome do concorrente como palavra‑chave pode configurar concorrência desleal, como a proteção do registro de marca foi reforçada, por que argumentos baseados só em julgados estrangeiros foram descartados e quais medidas foram impostas para impedir o uso indevido e reparar prejuízos. A linguagem é direta e focada para o varejo online e para quem lida com propriedade intelectual.

  • Uso de marca concorrente como palavra‑chave foi considerado concorrência desleal
  • Determinada a cessação dos anúncios que usam marcas alheias
  • Provedor de busca pode ser responsabilizado junto com o anunciante
  • Tolerância mútua entre rivais não torna a prática legal
  • Titular da marca tem proteção e pode obter indenização por danos

Mídia & Publicações — panorama rápido para você

Um apanhado prático sobre o que está mexendo com propriedade intelectual, patentes e concorrência no Brasil: casos, leis, decisões e tendências que afetam seu negócio ou sua estratégia de IP.

O caso Via S/A e Magazine Luiza: marcas em links patrocinados

Você provavelmente já viu anúncios com nomes de concorrente no Google. No caso Via S/A x Magazine Luiza, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que usar marcas alheias como palavras‑chave pode ser concorrência desleal. A decisão trouxe multa, indenização e responsabilização solidária do provedor, o que muda a forma de pensar em anúncios pagos — veja também análises sobre como campanhas de SEM podem gerar risco jurídico.

  • Ponto‑chave: uso de marca como palavra‑chave pode gerar desvio de clientela.
  • Multa diária fixada no caso: R$ 5.000,00 (até R$ 100.000,00).
  • Indenização por danos morais: R$ 10.000,00.

“Caracteriza ato de concorrência desleal a utilização de elemento nominativo de marca registrada alheia … como vocábulo de busca.” — trecho do acórdão.

A íntegra da decisão pode ser consultada no portal do tribunal: decisão do TJSP sobre publicidade online.

Dossiê de casos internacionais com reflexo no Brasil

Esses movimentos mostram como o Brasil virou palco relevante para disputas de tecnologia:

  • MediaTek x Huawei: acordo após apreensão de chips pela alfândega.
  • InterDigital x Disney: liminar sobre streaming com mérito discutido.
  • Nokia x Amazon e Ericsson x Lenovo: acordos globais após pedidos ao Supremo.
  • DivX: vitórias que reforçam o papel do Brasil em execução de SEPs.
  • Samsung x ZTE: ataque antitruste; ZTE obteve liminar brasileira.

Por que o Brasil virou ITC ou palco de SEPs?

O Brasil atrai litígio de patentes por várias razões:

  • Mercado grande e consumidor.
  • Tribunais com decisões rápidas em algumas instâncias.
  • Precedentes que viram referência regional.
  • Fornecimento e importação dependem de decisões locais.

Use essa informação para planejar onde litigar: o Brasil virou ponto estratégico.

Para contexto regulatório, consulte também orientações sobre defesa da concorrência e antitruste.

Tabela: Casos relevantes e impacto no Brasil

CasoResultado no BrasilImpacto prático
Via S/A x Magazine LuizaProibição do uso de marcas como keywords multaRisco para campanhas de SEM
MediaTek x HuaweiAcordo após apreensãoAtenção à logística e alfândega
DivX vs fabricantesSentenças favoráveis e acordosValorização da licença por enforcement
InterDigital vs DisneyLiminar sobre streamingRisco para serviços OTT
Nokia vs AmazonAcordo globalSolução negociada após pressão judicial

Pesquisas, patentes e o setor farmacêutico

Mudanças concretas no setor de saúde afetam quem depende de patentes elevadas (veja orientações sobre registro de marcas e patentes):

  • Saxenda e outros remédios para emagrecimento: limite para extensão de proteção.
  • Patente Shakeup: laboratórios reavaliam portfólios e preços.
  • Lei 14.874 e PDPs: alterações que afetam pesquisa clínica e parcerias.

Judicialização das terapias CAR‑T

Pedidos judiciais de fornecimento de terapias CAR‑T aumentam. O Judiciário tornou‑se central no acesso.

  • Tribunais decidem sobre fornecimento emergencial.
  • Há tensão entre direito à saúde e sustentabilidade do sistema.
  • Recomendação prática: mantenha documentação clínica e contratos com fabricantes atualizados.

Novas regras de patentes e reexame

Mudanças processuais alteram prazos e estratégias:

  • Do recurso ao reexame: impacto em tempo e custo.
  • Especialização do Judiciário reduziu indecisões. Use isso ao planejar litígio.

Brasil e China: alianças e tensão

Acompanhe acordos técnicos e confrontos comerciais:

  • Empresas chinesas ampliam patentes no Brasil: mais proteção local.
  • Disputas mostram que o Brasil é peça-chave nas soluções globais.
  • Relações comerciais e tecnológicas têm altos e baixos; a diplomacia influi.

Regulamentações, ANVISA e bioinsumos

Novas regras e marcos regulatórios afetam planejamento e investimento:

  • Nova Lei dos Bioinsumos: cria marco regulatório e pode atrair investimento agrícola.
  • PDPs: prazos de submissão e regulação mudam planejamento de fornecimento público.

Mercado de luxo, marcas e domínios

Para marcas de alto padrão:

  • Falsificações e concorrência de produtores estrangeiros pressionam marcas.
  • Registro e defesa de marca continuam essenciais.

Licks Advogados: atuação e expansão do escritório

Exemplos de mercado legal:

  • Licks abriu maior escritório em São Paulo e mantém unidades no Rio, Brasília, Curitiba e Tóquio.
  • Certificação ISO 37301 obtida: mostra governança.
  • Novos sócios e reforço técnico indicam mercado em especialização.

Enunciados e jurisprudência que mudam o jogo

Preste atenção aos enunciados do Grupo das Câmaras Reservadas, que balizam casos como Via S/A: pesquisar enunciados e jurisprudência federal

  • Enunciado XVII: uso de marca como palavra‑chave pode ser concorrência desleal.
  • Enunciado XXIII: responsabilidade solidária do provedor em anúncios (Google Ads).

Para entender melhor a aplicação prática desses enunciados, consulte a interpretação de sentenças que determinam retirada de anúncios por concorrência desleal.

Estratégia prática: o que você pode fazer agora

  • Prepare um playbook para litígio de SEPs e patentes farmacêuticas.
  • Mantenha contratos com fornecedores e consumidores claros sobre tecnologia e licenças.

Callout: Se você anuncia online, trate palavras‑chave de concorrente como risco legal. Ajuste sua estratégia agora consultando orientações sobre como agir juridicamente contra uso indevido de marca.

Podcast, eventos e networking

  • Podcasts sobre SEPs na América Latina trazem insights práticos.
  • Painéis do IPWatchdog e AIPPI reúnem especialistas.
  • Networking em eventos ajuda a construir estratégia regional; acompanhe atualizações no blog.

Tendências 2025: o que vigiar

  • Crescimento de patentes em tecnologia no Brasil (52% em 10 anos).
  • Mais execução de SEPs com decisões que influenciam multinacionais.
  • Aporte maior de empresas chinesas no mapa de patentes brasileiro.
  • Disputas sobre 4K e tecnologias de streaming: decisões rápidas podem forçar mudanças técnicas — veja precedentes que envolvem responsabilização de plataformas e provedores, como em casos onde o Google foi responsabilizado.

Um olhar sobre medicamentos e compras públicas

O Brasil reinstaurou margens de preferência para compra de medicamentos. Isso altera competição e preços; laboratórios locais e estrangeiros devem ajustar ofertas.

Boas práticas para quem lida com IP no Brasil

  • Registre marcas e patentes no país.
  • Monitore anúncios e marketplaces.
  • Considere acordos de licenciamento locais.
  • Planeje ação judicial rápida quando houver risco de desvio de clientela.

Recursos e contatos práticos

  • Escritórios regionais: Rio, São Paulo, Brasília, Curitiba, Tóquio.
  • Email para contato básico: info@lickslegal.com.

Exemplo rápido (anecdota)

Imagine que você é dono de uma loja virtual. Na sexta‑feira da Black Friday, um concorrente usa o nome da sua loja como palavra‑chave. O cliente clica e compra do concorrente por engano. Isso é desvio de clientela. No caso Via S/A, o tribunal reconheceu que esse desvio gera direito à ação. Se quiser ver outros precedentes sobre punição à concorrência desleal online, confira coleção de sentenças relacionadas.

O que muda para você que atua em tecnologia

  • A proteção de SEPs no Brasil pode forçar negociações globais.
  • Empresas que ignoram o mercado brasileiro correm risco de bloqueios ou medidas conservatórias.
  • Tenha um plano de defesa e de licenciamento.

Material para guardar

  • Salve decisões sobre links patrocinados, SEPs, CAR‑T e PDPs.
  • Mantenha atualização sobre enunciados das Câmaras Reservadas.
  • Crie alertas para movimentos de grandes players: Amazon, Nokia, Huawei, MediaTek, DivX, Samsung.

Últimas notas rápidas para você

  • O Brasil virou jurisdição quente para IP.
  • Estratégia local rende mais do que reações tardias.
  • Proteção, monitoramento e resposta rápida são as melhores defesas.

Links úteis (internos e externos)

  • Procurar decisões do TJSP e enunciados do Grupo das Câmaras Reservadas.
  • Ouvir podcasts de especialistas em SEPs na América Latina.
  • Conferir painéis do IPWatchdog LIVE e AIPPI.
  • Leitura de referência sobre o caso: https://www.lickslegal.com/articles/o-caso-via-s-a-e-magazine-luiza-uso-de-marcas-em-links-patrocinados

Blockquote: “A concorrência desleal se caracteriza pelo desvio de clientela… gerando prejuízo ao titular do registro.” — excerto do acórdão do caso Via S/A.

Conclusão

A decisão no caso Via S/A x Magazine Luiza deixa claro: usar marcas de terceiros como palavras‑chave pode ser concorrência desleal, com multas, indenização e responsabilidade solidária do provedor. Se você anuncia online, reveja campanhas, documente qualquer tolerância, registre e monitore suas marcas e tenha um playbook pronto para litígio. Pequenas ações hoje evitam grandes dores amanhã. Para orientações práticas sobre como reagir quando sua marca é usada indevidamente em anúncios, veja também o conteúdo sobre formas de atuação jurídica.

Perguntas frequentes

O que foi decidido no caso Via S/A x Magazine Luiza?

  • O tribunal proibiu a Magazine Luiza de usar “Casas Bahia” e “Ponto Frio” em links patrocinados, aplicando multa diária e indenização por danos morais.

Por que o uso de palavras‑chave foi considerado ilícito?

  • O relator entendeu que usar a marca do concorrente como palavra‑chave é concorrência desleal e parasitária, pois pode desviar clientes e causar confusão.

Quais sanções foram fixadas?

  • Suspensão do uso das marcas em links patrocinados; multa de R$ 5.000 por dia até o limite de R$ 100.000; danos morais de R$ 10.000.

A tolerância mútua entre varejistas anulou a ação?

  • Não. O tribunal deixou claro que prática tolerada entre rivais não torna o ato legal.

O provedor de anúncios foi isento de responsabilidade?

  • Não. A decisão reconheceu responsabilidade solidária do provedor em publicidade dirigida, afastando a aplicação automática do art. 19 do Marco Civil. Para ver decisões similares que mantiveram provedores como partes, consulte casos em que a Justiça manteve o provedor como parte.

Referência e leitura adicional

  • Caso e análise: https://www.lickslegal.com/articles/o-caso-via-s-a-e-magazine-luiza-uso-de-marcas-em-links-patrocinados
  • Mais artigos e atualizações disponíveis em https://suepy.com.

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