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Procedimento para registro de marca de cor exclusiva em identidades visuais é o guia prático para você entender como proteger uma cor usada na sua identidade visual junto ao INPI. Você verá em linguagem simples os passos do pedido, quais documentos enviar, como descrever a cor com código Pantone, e como coletar provas de distintividade. Entenda o que o INPI avalia, motivos comuns de indeferimento e dicas para aumentar suas chances de sucesso. Tudo direto ao ponto para você agir com segurança.
Principais Conclusões
- Você precisa provar que a cor diferencia sua marca.
- Faça busca prévia para evitar conflitos.
- Junte documentos e amostras da cor.
- Pode contratar um especialista para ajudar.
- Use e fiscalize sua cor registrada.

O que é o procedimento para registro de marca de cor exclusiva em identidades visuais
O Procedimento para registro de marca de cor exclusiva em identidades visuais é o caminho formal no INPI para proteger uma cor usada como sinal distintivo da sua marca. Em vez de registrar apenas um logo ou palavra, você quer que uma cor específica identifique seus produtos ou serviços. Isso exige comprovar capacidade distintiva — que, ao ver a cor, o público pensa imediatamente na sua marca. Veja no site oficial do INPI como proceder: Como registrar uma marca de cor no INPI.
O pedido exige representação gráfica precisa (referência Pantone ou notação CMYK/RGB/HEX) e exemplos de uso contínuo em embalagens, lojas, publicidade ou outros materiais. O INPI verifica se a cor é funcional (quando é necessária à função do produto) — se for, não se registra como marca. Prepare provas claras e descreva onde e como a cor aparece na sua comunicação.
Nota: Documente o uso da cor ao longo do tempo — fotos, anúncios e embalagens ajudam muito no pedido.
Como o INPI avalia pedidos de registro de marca de cor
O INPI analisa:
- capacidade de distinguir sua marca das demais (não pode ser meramente decorativa ou funcional);
- representação precisa da cor (Pantone, CMYK/RGB/HEX) e aplicação real;
- conflitos com marcas anteriores que possam confundir o consumidor.
Etapas gerais:
- Preparação: escolha exata da cor e coleta de provas de uso.
- Protocolo: apresentação do pedido com representação gráfica e descrição.
- Exame formal: checagem de documentos e requisitos técnicos.
- Exame substantivo: análise de distintividade e conflitos.
- Publicação: terceiros podem opor-se; siga o fluxo de defesas previstas no procedimento de oposição administrativa.
A base legal aplicável está na Lei de Propriedade Industrial do Brasil, que regula requisitos como distintividade e proibição de sinais funcionais.
Diferença entre marca de cor exclusiva e uso comum da cor
A marca de cor exclusiva é quando a cor funciona como sinal — o público identifica a marca só pela cor. O uso comum da cor ocorre quando a cor serve apenas para combinar produtos, indicar função ou seguir uma prática do setor. Se todo o setor usa a mesma cor, a chance de registro diminui.
Para provar exclusividade, mostre uso consistente, dados de pesquisa de mercado, campanhas longas e presença em pontos de venda. Se a cor for necessária à função do produto, o INPI pode considerá-la funcional e negar o registro.
- Exemplos de uso comum: cores por norma técnica, sinalização ou tradição do setor.
- Exemplos de marca exclusiva: cor associada a campanhas fortes e que, sem elemento gráfico, remete à sua marca.
Conceitos legais que você deve saber
Termos-chave: distintividade, representação gráfica precisa (Pantone/CMYK/RGB/HEX), significado secundário (adquirido por uso) e proibição de funcionalidade (cores necessárias ao uso técnico não são registráveis).

Passos para registrar marca de cor: procedimento para registro de cor no INPI
Registrar uma cor como marca exige provar que essa cor identifica exclusivamente seus produtos ou serviços. No INPI, o pedido precisa mostrar a exatidão da cor (Pantone, CMYK, RGB, HEX) e como ela é usada na identidade visual. O processo inclui publicação, possível oposição e exame técnico — prepare-se para responder a exigências.
Um exemplo prático: se sua padaria usa um rosa específico em todas as embalagens e isso virou marca na cabeça dos clientes, isso conta a seu favor. O termo Procedimento para registro de marca de cor exclusiva em identidades visuais resume bem o objetivo: provar exclusividade na mente do consumidor.
Pesquisa prévia e busca de conflitos antes do pedido
Faça busca no banco de marcas do INPI e em registros internacionais por cores ou combinações semelhantes na mesma classe. Use códigos de cor (Pantone, CMYK, RGB) nas buscas e salve exemplos que mostrem conflito potencial — um passo detalhado em como fazer busca de anterioridade. Se houver risco, ajuste a estratégia ou consulte um especialista.
Elaboração do pedido e classificação de produtos/serviços
Descreva a cor com códigos precisos e inclua amostra no formato exigido pelo INPI. Indique se a proteção cobre usos específicos (ex.: embalagens) ou mais amplos (lojas, publicidade). Classifique nas classes corretas da Classificação de Nice e pague as taxas. Após o protocolo, acompanhe a publicação e esteja pronto para responder.
Checklist simples
- Amostra de cor com código Pantone/CMYK/RGB/HEX e imagem.
- Busca prévia no banco de marcas do INPI e evidências de uso.
- Definição das classes (Classificação de Nice).
- Descrição do pedido especificando o uso da cor.
- Pagamento das taxas e protocolo no INPI.
- Acompanhamento da publicação e resposta a exigências/oposições.
- Reunião de provas de uso contínuo para defesa, se necessário.
Atenção: a cor isolada só é registrada se for comprovadamente distintiva. Guarde fotos, embalagens e materiais que mostrem uso prolongado e aceitação pelo público.
| Etapa | O que ocorre | Prazo aproximado |
|---|---|---|
| Protocolo | Pedido registrado no INPI | Imediato |
| Publicação | Pedido publicado para possíveis oposições | ~60 dias |
| Exame Técnico | INPI examina distintividade e requisitos | 12–24 meses (varia) |
| Concessão | Registro concedido após pagamento de emolumentos | Após exame e pagamento |

Documentação para registro de cor: o que você precisa enviar ao INPI
Envie provas gráficas que mostrem a cor em aplicações reais (embalagem, etiqueta, site) e uma descrição técnica precisa — ex.: código Pantone e valores CMYK/RGB/HEX. Inclua um relato curto explicando onde e como a cor é usada (desde quando, em quais materiais, etc.). Sem documentação clara, o pedido perde força.
Também envie documentos administrativos: procuração, dados do titular e comprovantes de pagamento. Organize tudo antes de subir os arquivos na plataforma do INPI. A Associação Brasileira da Propriedade Intelectual possui materiais úteis sobre documentação: Orientação sobre documentação para pedidos de marca.
Provas gráficas e descrição técnica da cor (ex: código Pantone)
Apresente imagens em alta resolução e uma amostra plana com código Pantone, mais valores CMYK, RGB e HEX. Passos práticos:
- Salve amostra em formato vetorial e raster em alta resolução.
- Anexe mockups de aplicação prática.
- Inclua códigos de cor: Pantone, CMYK, RGB, HEX.
- Adicione breve legenda explicando cada arquivo.
Atenção: o INPI considera a reprodutibilidade da cor. Amostras que dependem de brilho, materiais especiais ou efeitos ópticos podem ser recusadas ou exigir justificativa técnica.
| Item | O que enviar | Observação |
|---|---|---|
| Amostra plana | Arquivo da cor com código Pantone | Indicar CMYK/RGB/HEX também |
| Aplicação real | Logotipo/embalagem/mockup | JPEG/PNG 300 dpi ou vetor |
| Arquivo vetorial | AI/EPS/PDF vetorial | Mantém fidelidade em escalas |
| Legenda | Descrição curta | Onde e desde quando a cor é usada |
Documentos administrativos, procuração e comprovantes
Envie RG/CNPJ do titular, comprovante de endereço e procuração assinada (se houver representante). Inclua comprovantes de pagamento (GRU). Sem pagamento, o pedido não entra na fila.
Lista de documentos comuns:
- Cópia do RG ou CNPJ do titular
- Comprovante de endereço
- Procuração (se houver representante)
- Comprovante de pagamento (GRU)
Modelos e arquivos aceitos pela plataforma do INPI
Aceita PDF, JPEG, PNG, TIFF para provas gráficas e AI/EPS/PDF vetorial para arquivos escaláveis. Use 300 dpi para raster e mantenha perfil sRGB ou CMYK conforme a aplicação. Nomeie arquivos claramente (ex.: “Amostra_Pantone123C.pdf”).

Requisitos para marca de cor exclusiva e critérios de distintividade
Para o INPI aceitar uma cor como marca exclusiva, é preciso provar que ela identifica a origem do produto/serviço. O examinador avalia se a cor é funcional, descritiva ou muito comum no setor. Documentação é crucial: representação precisa (Pantone/CMYK/RGB/HEX), amostras de uso consistente e provas de reconhecimento (pesquisas, mídia, vendas).
O INPI analisa:
- distintividade inerente;
- aquisição de distintividade por uso;
- não-funcionalidade.
Documentos e provas úteis:
- Representação da cor (Pantone/CMYK/RGB/HEX)
- Exemplos de uso (embalagens, lojas, publicidade)
- Pesquisas com consumidores
- Dados de vendas e cobertura de mídia
- Pareceres técnicos ou periciais, que também são relevantes em processos de oposição e defesa conforme orientações sobre coleta de provas e estratégia administrativa.
Para referência comparativa e práticas internacionais, consulte as Orientações sobre marcas de cor na União Europeia, que trazem exemplos de provas e critérios empregados pela UE.
| Tipo de prova | O que demonstra |
|---|---|
| Pantone/CMYK/RGB | Precisão da cor solicitada |
| Pesquisas com consumidores | Reconhecimento/associação |
| Anúncios e mídia | Continuidade e alcance |
| Faturas e relatórios de venda | Penetração no mercado |
Quando a cor pode ser considerada distintiva
A cor é aceita quando o consumidor a associa automaticamente ao seu produto — ou porque é intrinsecamente singular (raro) ou porque adquiriu distintividade por uso contínuo e massivo. Para aumentar as chances:
- Use a cor de forma uniforme e exclusiva nos pontos de contato.
- Colete provas concretas: pesquisas, mídia e vendas.
- Registre a cor com representação técnica (Pantone).
- Escolha classes que mostrem o uso real da cor.
ATENÇÃO: o Procedimento para registro de marca de cor exclusiva em identidades visuais exige provas sólidas. O INPI geralmente pede mais evidências do que para marcas figurativas.
Motivos comuns de indeferimento de marca de cor
- Falta de distintividade (cor comum no setor).
- Representação gráfica insuficiente (sem referência Pantone).
- Cor funcional ou descritiva.
- Conflito com marcas anteriores.
- Provas fracas (pesquisas mal feitas, amostras esparsas).
Como jurisprudência e decisões do INPI afetam seu pedido
Precedentes mostram que marcas de cor isolada só foram aceitas com evidência forte de reconhecimento ou ligação a um design específico. Use decisões favoráveis como suporte, mas cada caso é avaliado por suas provas; para entender teses e coleta de provas veja também o material sobre oposição administrativa e provas necessárias.

Custo para registrar cor como marca e prazos do procedimento
Registrar uma cor costuma custar mais que um pedido de marca comum, pois requer provas de distintividade. Há taxas oficiais do INPI e custos extras com pesquisas e produção de provas. Valores finais variam: desde algumas centenas (taxas reduzidas) até vários milhares (honorários e estudos).
Gastos típicos:
- Taxas INPI (depósito, concessão) — variam conforme porte.
- Honorários de advogado/agent — variam com complexidade.
- Pesquisa de mercado / laudo — opcional, mas recomendável.
Prazos: conte com vários meses a alguns anos. Do depósito ao registro final, frequentemente entre 12 e 48 meses.
Taxas oficiais do INPI e custos profissionais
O INPI cobra taxa de depósito e outras taxas (concessão, relatórios). Verifique o site do INPI atual. Honorários profissionais são a maior parte do orçamento; para cor, muitos recomendam investir em estudos de mercado.
| Item | Valor aproximado (indicativo) | Observação |
|---|---|---|
| Taxa de depósito INPI | R$ 200 – R$ 1.200 | Depende do porte |
| Taxa de concessão / publicação | R$ 200 – R$ 800 | Pago se deferido |
| Honorários (advogado/agente) | R$ 800 – R$ 6.000 | Varia com complexidade |
| Pesquisa/laudo | R$ 1.000 – R$ 10.000 | Útil para provar distintividade |
Prazos médios
- Depósito e exame formal: 1–6 meses
- Publicação na revista do INPI: 6–12 meses após depósito
- Período de oposição: 60 dias após publicação
- Exame substantivo: 6–24 meses adicionais
- Decisão e pagamento da taxa de concessão: alguns meses
Para estimar custo total, some taxas INPI honorários custos de prova margem para imprevistos.

Provas e estratégias para tornar o registro mais fácil
Reúna tudo que mostre uso consistente: embalagens, anúncios, posts, notas fiscais e cobertura da mídia. Use códigos precisos (Pantone, HEX, CMYK) e mostre aplicação em vários suportes. Organize cronologicamente e priorize canais onde a cor já gera resposta do público. Para práticas internacionais e orientações gerais sobre marcas e distintividade, consulte a Orientação internacional sobre registro de marcas. Para proteção contínua e detecção de usos indevidos, adote ferramentas de monitoramento conforme guia sobre monitoramento de marca.
Como coletar prova de uso e reconhecimento pelo público
Colete provas com data e contexto:
- Fotos de embalagens com data;
- Prints de site e redes sociais;
- Faturas e pedidos mostrando identidade visual;
- Matérias e reviews;
- Pesquisas simples com metodologia documentada.
Para montar provas com robustez probatória e técnicas de coleta, veja orientações sobre coleta de provas em oposição.
| Tipo de prova | Exemplo prático |
|---|---|
| Visual | Foto da embalagem com data e selo fiscal |
| Comercial | Relatório de vendas mensais |
| Publicidade | Prints de anúncios pagos |
| Social | Capturas de tela de campanhas com métricas |
Escolha da representação cromática e descrição
Descreva a cor com precisão: use Pantone e acrescente variantes se relevantes. Explique se a cor aparece sempre em um elemento específico (ex.: painel frontal da embalagem). Evite termos vagos — prefira Pantone 286 C — aplicado ao painel frontal da embalagem, com margem de 2 cm em branco ao redor. Para proteger aplicações em embalagens físicas, considere aspectos tratados em proteção de marca tridimensional de embalagem.
Dicas práticas
- Mantenha pastas organizadas com datas e backups.
- Priorize provas de reconhecimento (prêmios, imprensa, pesquisas).
- Documente cada peça com date, local de venda e contexto.
Nota: uma foto sem data vale menos que a mesma foto com fatura ou print que comprove uso contínuo.
Resumo prático do Procedimento para registro de marca de cor exclusiva em identidades visuais
- Faça busca prévia no INPI.
- Descreva a cor tecnicamente (Pantone/CMYK/RGB/HEX).
- Anexe amostra vetorial e aplicações reais.
- Reúna provas de uso contínuo e reconhecimento.
- Protocole, pague taxas e acompanhe publicação.
- Responda exigências e esteja pronto para oposição (veja procedimentos de oposição).
- Considere pesquisa de mercado e assessoria especializada.
Conclusão
Registrar uma cor como marca é possível, mas exige provar que a cor identifica sua marca. Você precisa de representação precisa (ex.: Pantone, CMYK/RGB/HEX), provas de uso e uma busca prévia para evitar surpresas. Organize fotos, faturas, anúncios, pesquisas e periciais; declare claramente as classes e anexe procuração e comprovantes. Não subestime custos e prazos: é um projeto. Investir em pesquisa de mercado e em um especialista aumenta muito suas chances no Procedimento para registro de marca de cor exclusiva em identidades visuais.
Você já tem o mapa. Agora é hora de caminhar. Para mais guias práticos, visite https://suepy.com.
Perguntas frequentes
Procedimento para registro de marca de cor exclusiva em identidades visuais: o que é?
Você pede proteção da cor que usa na sua marca. O INPI avalia se a cor é distintiva e usada de forma constante. Se aprovado, a cor vira sua marca registrada.
Quanto tempo leva o procedimento e é fácil?
Geralmente 12 a 36 meses; pode chegar a 48 meses dependendo de oposições e exigências. Não é necessariamente fácil, mas um bom pedido reduz problemas.
Quais provas você precisa enviar?
Mostre uso real da cor na identidade visual: embalagens, logos, anúncios e aplicações. Fotos, faturas e documentos datados ajudam muito.
Posso registrar no Brasil e também no exterior?
Sim. Registre no Brasil pelo INPI e, para outros países, faça pedidos locais ou via Protocolo de Madrid, conforme atuação da sua marca.
O que fazer se alguém usar sua cor sem permissão?
Notifique a outra parte; se não resolver, considere medidas legais. Ter o registro facilita ações e defesa — use modelos padronizados como uma notificação extrajudicial e mantenha monitoramento ativo com ferramentas de detecção de infrações.







